sábado, 28 de junho de 2008

Aos bicicleteiros.

Depois das últimas edições da Bicicletada achei importante escrever alguma coisa, mas diferente do que tenho feito até então resolvi escrever algo diferente de uma resenha feita para pessoas de fora. Achei importante escrever para os bicicleteiros da Bicicletada.

Aconteceu que nas últimas edições do evento vivemos juntos uma sensação de êxtase coletivo bastante agradável, algo próximo duma libertação pelo pedal, a felicidade contagiante de estar feliz junto com outros. Concluí que, por minha parte pelo menos, a Bicicletada atingiu seu fim: integrar pessoas, ocupar as ruas e gritar a favor duma questão de bom senso num momento de crise no fluxo viário (o que na verdade demonstra crises em setores diversificados da sociedade). Mas note-se, a Bicicletada atingiu o seu fim, não o seu final.

Estamos dando continuidade em nossa cidade a um movimento mundial, talvez até mesmo a uma tendência global, que são as massas críticas e o uso ativo de bicicletas como meio de transporte e isso é importante demais! Por isso acho importante refletir sobre o que estamos fazendo e como estamos fazendo e vou tentar fazer isto nesse texto. Antes de continuar, no entanto, quero deixar claro que escrevo sem a preocupação da imparcialidade. Escrevo do meu ponto de vista; fiquem a vontade (e até se sintam encorajados) para discordarem e apresentarem suas próprias visões sobre o assunto.

Em primeiro lugar, parei para imaginar o que as pessoas pensam quando vêem a Bicicletada e o que eu penso que seja a Bicicletada. Pois a princípio a Bicicletada é um passeio de bicicletas, divugando o uso de bicicletas e reivindicando condições para as bicicletas e seus usuários, os ciclistas. É isso que eu acho que passamos para muita gente e, convenhamos, isto não é a coisa mais interessante do mundo para quem não anda de bike. Pensando por analogia, não nos sentimos atraídos a participar de um movimento a favor de classes específicas, reivindicando causas específicas a não ser que estejamos inclusos nessas classes e nessas causas - ou vai me dizer que você sente vontade de pular do busão quando vê na rua uma greve de bancários ou a manifestação dos perueiros? O que quero mostrar com isso é que a Bicicletada corre o risco de estar parecendo às vistas alheias só mais uma bandeira no meio de tantas outras sem sentido, mais um "ismo" incapaz de se integrar aos dilemas da sociedade num sentido mais amplo (tenho contra esta minha idéia o fato de recebermos apoio de muitos motoristas e pedestres durante a Bicicletada... mas não sei isso basta para acreditar que as pessoas realmente se interessam por isto).

Alguém pode questionar se afinal não é só isso que Bicicletada é: mais uma bandeira, mais um "ismo", mais uma causa sem vínculos consistentes com o resto do mundo, e se não seria, afinal, muita pretensão querer ser mais que isso. Eu digo que não! e vou defender minha posição. Não acho que Bicicletada seja só um movimento da ciclistas, pra mim ela vai muito além disso...

De fato, a Bicicletada é só um passeio de bicicletas e não acho que precisa ser mais que isso para ir além. Afinal, ao passear de bike, um monte de gente junta, uma massa humana em movimento, de forma lúdica e amigável na cidade estamos fazendo política, e política ativa! Pessoas se trancam em jaulas eletrificadas, em carros fechados, shopping centers, se esquivam em diversões mercantilizadas e controladas e se limitam em rotinas que fazem do espaço urbano um espaço meramente utilitarista e especulativo, sem possibilidades de vivência e diversão. Isto é sintoma de alguma coisa ou de várias coisas bastante negativas. Seguir esta tendência é fácil e "natural", mas omisso e limitante - pois existe muito mais que carro, shopping, orkut e baladas claustrofóbicas na cidade. Na rua nem todo cara do seu lado é seu inimigo de trânsito, nem todo mundo que te aborda é pra vender alguma coisa e dá pra ser feliz sem ter de meter a mão no bolso! Um passeio de bicicleta, por mais simples que seja, é uma ótima forma de mostrar e viver isso, de ir contra algo que não escolhemos. Por isso andar de bicicleta pra mim pode ser mais que só um passeio de bicicleta.

Mais - a Bicicletada divulga o uso da bicicleta, mas e daí? Divulgar o uso das magrelas não é querer que todo mundo largue os carros, os ônibus e pedale por aí. Acho ingênuo pensar dessa forma. Andar de bicicleta, por si só, é uma alternativa mas não uma solução para nada. Justamente partindo dessa constatação, de aparente ineficácia, a Bicicletada atinge uma conotação simbólica - muito mais poderosa. Ao divulgar a bicicleta como meio de transporte acho que vamos de encontro a um inimigo dos grandes que é a indústria automobilística. Inimigo sim, porque se falamos em bem-estar, qualidade de vida, meios de transporte limpos, vida e cidadania, a indústria automobilística é antagônica a quase tudo que gritamos como necessário! Carros são um problema emblemático na nossa sociedade. Matam, poluem, fazem barulho e ocupam espaço excessivos, geram consumo e resíduos excessivos! Ainda assim acreditamos ser necessário tê-los, troca-los todos os anos e criar todas as condições necessárias para fazê-los circular na cidades - ainda que isso seja tecnicamente inviável -, sempre persuadidos pela publicidade agressiva e por políticas lobbistas que não dizem respeito ao bem estar da população. Não é diferente de outras indústrias desse neoliberalismo cego em que vivemos, que produzem primeiro para inventar a demanda depois. Andar de bicicleta pra mim é ir contra falsas necessidades de consumo e o consumo excessivo (e desnecessário).

Outro exemplo de como essa "conotação simbólica" pode estar presente no hábito de andar de bike é dizermos que andamos de bicicleta por uma questão de saúde. Afinal lançamos mão de uma máquina milenar para andar de bike - nosso corpo - dando-lhe de volta sua função primordial (relegada ao esquecimento em tempos de tecnologia exagarada): sustentar nossa existência e garantir a sobrevivência no mundo. Espécies evoluíram por anos sem conta para que adquiríssemos a fantástica tecnologia de andar sobre duas pernas ao que nos entediamos com isto facilmente e criamos automóveis - que matam, poluem e estimulam o sedentarimo. Novamente a bicicleta aparece como alternativa, não como solução, mas a tal da conotação simbólica... Se andamos de bicicleta e usamos do nosso corpo para suprir uma função que é dele mesmo - o nosso transporte pelo espaço -, se não nos esquivamos do esforço e da fadiga que nos são próprios, acho plausível acreditar que andar de bicicleta pode ser uma forma de dizer não a uma dependência vital da tecnologia - que na minha humilde opinião é antes desenvolvida com intenções mercadológicas do que humanitárias, ecológicas ou sociais, em 90% dos casos.

Da mesma forma poderia enumerar outras formas de dizer como andar de bicicleta sugere, pra mim, algo além do mero andar de bicicleta. Esse algo além é alguma coisa próxima de uma outra consciência, uma outra noção acerca do espaço e das pessoas que nos cercam e das interrelações que surgem daí. Um pensamento talvez utópico (e por que não lançar mão da utopia?) que priorize o ser humano em detrimento do mercado - pensamento do qual, de forma alguma, me pretendo ser messias ou anunciador, pois que se trata de algo muito anterior a mim ou mesmo à minha geração. Pois não acredito que preciso pensar em termos de investimentos, de relações custo-benefício, de oferta e demanda, capital, etc, para propor - e se possível construir - uma forma mais sensata e agradável de viver minha passagem pela vida, no espaço que me diz respeito.

Alguns podem achar meus exemplos forçados ou simplesmente dizer que eu estou viajando demais na idéia, mas é exatamente assim que eu enxergo o uso de bicicletas e a Bicicletada. É dessa forma que acredito que elas podem fazer alguma diferença no espaço em que vivemos.

Tenho percebido que discussões a esse respeito - a forma como cada um, ou cada grupo, percebem a Bicicletada - tem surgido nos fóruns da internet e em conversas durante o evento. Resolvi expor meu ponto de vista não só por acreditar nele, mas por achar necessário tentar definir o que têm acontecido nas últimas sexta-feiras de cada mês. Não quero impor minha visão, repito, mas acredito cada um expondo a sua podemos lapidar todas por fricção uma na outra e talvez construir algo homogêneo - de forma que visões não se sobreponham nos discursos, nas plaquinhas ou nos panfletos. Talvez seja isso pedir demais ou talvez a Bicicletada seja um fim em si mesma, que exija mais vivência do que conceituação. Seja como for está exposto o que eu penso e espero que outras pessoas façam o mesmo.

Valeu,

UM CARRO A MENOS!

(com prazer publico outros artigos e textos aqui no blog, só pedir!)

8 comentários:

iglou disse...

Oi,
eu participei de duas bicicletadas bastante 'crowdeadas': a pelada e a junina. Tinha muita gente nas duas e muita gente que normalmente não participa da bicicletada, como eu, por exemplo. Senti que o clima era de protesto contra os carros e tomada das ruas - mas em esquema de passeio (passagem dos ciclistas garantida por obstrução das vias).
E é aí que eu já não concordo mais com a conduta dos ciclistas. Ocupando todas as faixas da Paulista e fazendo o 'corking', os ciclistas não estão respetando as leis de trânsito/ os motoristas/ alguns pedestres. Defendo que ciclista tem que se integrar no trânsito, ou seja, parar no farol vermelho, respeitar a faixa de pedestres, não pedalar na contramão nem na calçada, sinalizar que vai mudar de faixa ou direção. Assim, creio eu, o ciclista merecerá o respeito dos outros agentes de trânsito.

Escrevo aqui porque você reflete sobre a bicicletada e parece ser integrante do movimento.

Abraço,
Lou.

Fabiano disse...

Olá, lou!
Na verdade, a prática do 'corking' foi bastante discutida na Bicicletada paulistana. É, na verdade, a única lei de trânsito que parece ser desrespeitada. Digo que parece porque, na verdade, temos que considerar todos os ciclistas como sendo uma única entidade no trânsito durante as Bicicletadas. Eles compõem a Massa Crítica. Assim, como um carro não pode ser cortado ao meio ao se passar por um semáforo, a Massa Crítica não deve ser dispersada também nesta ocasião (na verdade, até pode ser quebrada, mas aí eu, particularmente, recomendo que seja feito por um ciclista experiente em Bicicletadas, que possa transmitir a real mensagem do que é chamado de 'quebrar a massa'). A ocupação da Paulista, eu, que acompanho a Bicicletada paulistana de longe, creio ser conseqüência natural do número de ciclistas, que aproveita para ocupar o espaço público que lhes são por direito.
Fabiano

Luis Patricio disse...

Mas eu entendo o Lou !

Porque essa conduta na verdade imita o próprio modelo que a bicicletada critica. E aí sim vira só mais um -ismo.

O ciclista ocupa menos espaço e não polui mas se ele acha que todos tem que respeitar e não se esforçar muito para respeitar os outros, ele não tá chegando a lugar algum...

Fabiano disse...

Isso é algo que gera sim muita discussão.
Mas antes eu acho que devemos diferenciar o que é uma Bicicletada e o que é ser ciclista urbano.
A Bicicletada também é chamada de Massa Crítica, o coletivo compõe simplesmente uma única coisa, uma massa conjunta que não deve ser separada de forma alguma (há exceções, é claro). Visto dessa maneira, sob esta ótica, que aliás é o que a faz se chamar Massa Crítica, o corking é aceitável (e mais, desejável), sem inclusive ferir de forma alguma, pelos motivos que reiterei agora, os preceitos da Bicicletada. A Bicicletada é um movimento plural. Isso é inegável quando se comparam as grandes versões, como a paulistana ou a de Curitiba. Assim, talvez possa apenas parecer que ela seja contraditória (como quando falaste, Luiz, que ela imita o que critica). Mas vede que não é assim contraditória. Na essência, pode parecer que se faz aquilo que se critica, mas é apenas impressão. Por ser a Bicicletada plural, há gente que está lá apenas para pedalar. Na verdade, isso tb é inegável, há mta gente que não sabe exatamente o que é a Bicicletada (eu msm n sabia no que estava me metendo qdo participei pela primeira vez, ainda antes do boom paulistano). Mas é assim que, pelo menos, parte das pessoas começam a perceber que, se houver respeito mútuo, e respeito à vida, um trânsito - e uma cidade - melhor é possível.

Anônimo disse...

entrei aqui para deixar meu parabéns pelo texto. achei muito bem redigido, argumentos consistentes, postura apaixonada e poética sobre o assunto.
achei bom de ler.
e me deparei com esta conversa aqui do lado, vou falar um pouquinho.
bem pouquinho, porque ja foi tudo dito.
eu sou mineira, morando em SP, descobri a bicicletada ha pouco tempo. Passei alguns meses pedalando sozinha, sem muita instruçao, meio que fui me virando pelo bom senso e prestando atençao nos outros ciclistas que eu via na rua.
Tento respeitar semaforos(sempre o dos carros, às vezes o dos pedestres), evito ao maximo andar na contramão e na calçada, faço o que posso para criar e preservar um espaço no trânsito, e nos momentos dificeis eu quase sempre consigo ser simpatica e desejar boa tarde.
Quando cheguei na bicicletada fiquei até meio confusa, foi estranho todo aquele pessoal furando semaforo, segurando carros, ocupando mil pistas...
mas depois eu entendi justamente o que colcoaram ai: como massa critica, temos que andar juntos. Se a cada semaforo a massa se dissipasse, depois de 15min, ja não haveria mais massa. Justamente porque é tanta gente: muita gente vai so pedalar, muita gente pensa aquele encontro como movimento, mas muita gente so vê um monte de bicicletas e se junta ao grupo sem ter idéia de nada. Na ultima bicicletada fizemos um roteiro com alguma subida, e algumas pessoas menos acostumadas ficaram mais para tras. foi super complicado conseguir explicar pros apressadinhos la na frente esperarem, muitos deles nem imaginaram que a idéia é ficar junto, é gritar por um lugar nas ruas, é compor uma MASSA. porque é a MASSA que faz chamar atenção.
é claro que em situações cotidianas ninguém deve se comportar daquele jeito. A bicicleta tem que ser integrada ao trânsito, CONVIVER com os outros veiculos. Ter o seu espaço sem tirar o espaço de ninguém.
Mas a massa critica é um momento de chamar atençao para certas coisas, e conter 400 pessoas sem ter uma organizaçao herarquica(ainda bem que nao ha uma liderança!) nao é tarefa simples. entao é isso, vamos no meio do passeio explicando para os desavisados, vamos liberando faixas na rua para os carros apressados passarem, vamos acelerando uns para o semaforo nao ficar fechado muito tempo, vamos sorrindo e explicando para os motorizados qual é a nossa posição.
Por um mundo melhor, mais limpo, mais humano. onde podemos estar proximos...
enfim.
essa coisa toda.

muitos carros a menos, vamos la!

qualquer hora eu vou pra BH participar do encontro de vocês.

abraços aos que acreditam que é possivel mudar

JuM

Anônimo disse...

Entrei aqui para comentar o seu post mas não posso deixar de comentar o que o Iglou escreveu. Participo da Bicicletada Paulistana desde 2004. Já participei de edições com 4 ciclistas, e já fizemos uma grande comemoração quando passamos dos 2 dígitos. No começo nem havia a necessidade de se fechar faixas, mas conforme o movimento foi crescendo, percebemos a necessidade de mudar nossas atitudes.

Quanto a fechar a faixa, na Bicicletada Pelada, quem bloqueou o trânsito foi a imprensa, pois como sempre, deixamos a faixa da direita liberada para os ônibus mas os carros da imprensa tomaram conta de tudo. Na Junina não fechamos todas as pistas da Paulista, deixamos sempre duas (de 4 faixas) para os carros. Algumas vezes, quando a rua é estreita e a massa é gigantesca, é inevitável o fechamento de todas as vias. Aliás nós somos o trânsito. Se fossem 400 carros com certeza o transtorno seria bem maior.

Quanto ao "corking" ou contenção dos carros para a Massa Passar, na Bicicletada tem todo tipo de ciclista, inclusive crianças e ciclistas inexperientes. Se parássemos num semáforo depois que um grupo passou, as chances de um carro invadir a massa é grande e justamente no meio é quem ficam os mais inexperientes e aí estaremos trazendo riscos para essas pessoas. Portanto entre o descontentamento de um motorizado e a integridade de uma pessoa, vou sempre na segunda opção.

Agora legalmente falando há diversos artigos no Código de Transito Brasileiro que dizem que os carros são obrigados a esperarem a massa passar. Um deles diz assim:

Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva marcha for interceptada:

I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas, desfiles e outros:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa.

Tem vários outros, acho que vale a pena fazer uma consulta.

Outro fator importante é justamente no que é a Massa Crítica. Ela foi inspirada na forma que as massas se deslocam na China. Lá não haviam semáforos, pistas exclusivas, faixas de rolamento, essas coisas que os "motorizados" inventaram. Tudo era decidido de acordo com a Massa, num cruzamento um grupo parava naturalmente a espera de uma oportunidade de cruzar, até o ponto em que se formava uma Massa tão grande que se sobrepunha a massa do outro sentido e eram invertidos os sentidos. Sem semáforo, sem mão, contramão, tudo é resolvido dentro da própria massa.

O que procuramos fazer toda ultima sexta feira do mês é mostrar que é possível conviver em um grupo sem colocar em risco a vida de outras pessoas. Essa coisa de mão e contramão é coisa inventada pelos motorizados. Se houvessem só bicicletas nada disso seria necessário.

Ah, mas um mundo sem carro é impossível de se viver... Será? A menos de 100 anos não existiam carros e não existiam mãos de vias, semáforos, nada disso.

Todo o nosso sistema de trânsito foi feito para a fluidez dos carros e não das pessoas. Submeter as pessoas a essas regras, só por causa dos carros é que considero errado. Fechar um cruzamento para a massa passar chega a ser inofensivo perto de todas as agressões que os não motorizados sofrem devido a ditadura do motor.

Por exemplo, Curitiba, até julho de 2008 teve sua maior Bicicletada com umas 60 pessoas. EM São Paulo com 60 pessoas nem precisavamos fazer corking, já em julho, eu contei quase 200 ciclistas em Curitiba e a Bicicletada correu uma maravilha por dois motivos. Primeiro porque tomamos conta de toda a rua, com isso não tivemos carros passando pela gente. O segundo porque fizemos o Corking para poder segurar os motoristas.

Garanto que o pessoal de Curitiba entendeu o porque fazemos isso e com certeza, a partir de agora eles vão adotar a prática também.

Finalizando (isso tá mais pra um post) apesar do nome Bicicletada, pelo menos aqui em São Paulo, a única coisa obrigatória é a necessidade de aparecer no encontro com um meio de transporte "não-motorizado". Isso vale para patins, patinete, skate e até mesmo a pé.

O que é a Bicicletada? É um encontro de pessoas, um encontro não condicionado, vai quem quer e faz o que quiser quem quiser. Quer ir lá e ficar só olhando a concentração? Vai, quer pedalar? Seja bem vindo, quer acompanhar a pé? Tudo bem, quer levar uma faixa, faça a sua. Quer queimar carro? Apesar de muitos até terem essa vontade, garanto que a maioria dos participantes vai tentar demove-lo dessa idéia, mas sempre com debate de idéias e respeito ao próximo, pois além de incentivar a independência do motor, é praticamente um sentimento comum da importância do exercício de tolerância a diversidade de idéias.

Abraços

André Pasqualini

Iara Paula disse...

E viva a Magrela!!!!!
Ouu é ate uma vergonha assumir isso..
mas sou uma barbeiraaaa
em cima de uma bicicleta!!
hehe

Lalá disse...

Hahuhua
fala isso pra alguém que ainda anda em zig-zag, como... eu.
Comecei a me informar sobre a bicicletada em Bh a pouco tempo, mas já achei extremamente bacana essa troca de idéias.
Particularmente, concordo mais com as idéias do sr. cidadão comum, mas como ainda não frequentei nenhuma bicicletada, não deu pra formar uma idéia ainda.