acabei me fodendo. tomei um queda dia de sábado, pela madruga, chegando no domingo, quando voltava pra casa do centro. tinha pouco tempo que tinha tirado minha magrela da oficina, ela tava toda linda, toda certa, rangendo o mínimo, andando o máximo, o quadro de branco brilhoso! tinha passado o dia com o Tui, pintando na rua do amendoim, lá em cima, onde as pessoas se enganam naquela atração turística fajuta, querendo ver num-sei-o-que de carro descendo a subida (e lá vão muuuitos carros num dia bonito como foi o sábado). de lá a gente desceu afonso pena, pedalamos um tico na savassi, eu segui pro centro e o tui pro rumo dele. inda passei na casa da carol, que tava se arrumando pro vestibular do dia seguinte, e saindo de lá explorei um pouco umas quebradas da floresta que eu nao conhecia. daí deviam ser umas duas da madrugueta e eu ia seguindo antonio carlos afora.
foi ali na frente da crackolândia, entre o IAPI e o Hospital Belo Horizonte, onde tem até câmera da pm agora. aliás, foi bem debaixo dessa tal dessa câmera. rolou um buraco ou um sei-que-lá no caminho e quando eu vi eu tava no chão, a cabeça meio amassada no asfalto com alguma coisa em cima forçando, uns faróis passando rápido e lá da ruazinha-muita-treta da crackolândia vieram vindo dois nóias correndo, falando um monte de coisa. me deram a maior moral. antes que eu pudesse entender o que tinha rolado eles já tinham tirado meu pé que tava preso entre o quadro e o guidão, me levantado e um deles chegou rapidao com uma garrada d`água pra mim. eu tremia todo de pura adrenalina. o corpo totalmente rebelde, obedecendo pouco, o pensamento rápido, as dores se misturando, não dava pra saber o que tava rolando direito. eu tinha uma esperança latente de colocar a corrente que tinha saído no lugar e continuar pedalando até em casa, mas pouco a pouco fui percebendo que eu tava fudido pra caralho.
a cabeça tava doendo e eu descobri que o ombro também doia demais dependendo da posição. os nóias ao mesmo tempo que tavam me ajudando já estavam envolvidos em várias outras tretas, naquela correria absurda que é a vida de um pedrete, e já não se importavam muito comigo. um deles, antes de sair quebrando, se voluntariou pra colocar meu ombro no lugar, eu agradeci e recusei. o lance é que eu não sabia muito bem o que fazer. tava bem difícil carregar a mochila e a bicicleta com o ombro daquele jeito e eu parei pra ligar pra alguém. tentei minha mãe e meu pai e nada. consegui falar com o Tui, "bicho, ce tem a manha de pegar o carro ai e me dar uma força?" e ele saiu quebrando pra me salvar. acabei andando por conta própria até o Hospital Belo Horizonte com medo de ficar dando mole no meio da rua com a bike e sem nenhuma defesa.
o hospital foi uma merda a parte. nego frio trabalhando há 72 horas atendendo um moleque que caiu de bike as duas da manhã não faz muita questão de ser simpático. me diagnosticaram uma fratura na clávicula direita. a cabeça apesar de estar doendo pra caralho não tinha nada. depois de alguma burrocracia o tui me deixou em casa e a noite acabou desse jeito...
mais um tempo sem pedalar...
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2 comentários:
e ce melhorou irmao?
velho, que tretinha isso.
quase que rola um processo pra linha verde hein?
cuidado e mioras procê!
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