Eu vou desabafar uma parada que me aconteceu essa semana aqui em Salvador. Nem sei se esse é o espaço certo, mas como o ocorrido se passou comigo em cima de uma magrela vou contar.
Domingo fui almoçar com meu pai e minha avó na Barra, na orla da cidade, na praia mais metropolitana que temos. Na volta, passei pela Fonte Nova e era fim de jogo do "Bahêêêa". Bahia ganhou de 1 x 0 e a Bamor estava alucinada. Um engarrafamentozinho de leve, mas tudo bem. Dei uma de moto e fui metendo a cara entre os carros.
Até aqui tudo bem, normal. O caso tá quando já estava perto de casa, subindo a ladeira do Aquidabã, uma ladeira monstra que de um lado tem um hospício e do outro uma Igreja Evangélica. Em qual lado cada uma delas? Sabe que eu não sei? Me confundo! Mas faz diferença?
Enfim...mas tava eu lá subindo a porra da ladeira, de pé na bike já, quando meia dúzia de afrodescentes começaram a me esculachar. Me chamaram dos piores adjetivos putíferos do planeta e tentaram me amedrontar. Fiquei muito puta com aquilo, velho! Que que eu fiz pra merecer isso? É por que sou branca e baiana? É por que tenho uma magrela? É porque sou mulher? Ou é porque sou mulher, branca, de magrela? Que Apartheid da porra, viu?
Eu sei que todos aqueles insultos de baixíssimo nível me serviram de insentivo, e subi (como o de custume, mas agora na adrenalina dos monstros racistas, machistas perseguidores) toda a ladeira sem pestanejar.
Cheguei lá em cima com muita raiva, afinal, não merecia aquelas ofensas. E lá do alto gritei:
"Tudo brocha e torcedor do Bahia!!!!"
E me piquei com minha magrela pra longe deles.
terça-feira, 16 de outubro de 2007
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